
Público e privado, às vezes se misturam e se confundem, mas cada um, conceitualmente, tem sua esfera de atuação. Aqui em Caeté, pela fragilidade que as instituições aparentam, esta distinção se torna mais difícil. A foto acima mostra a apropriação do público pelo privado e estes casos se multiplicam pela cidade frente à omissão do poder público. Outro caso é a reportagem publicada em jornal da cidade sobre o acordo assinado entre a Prefeitura e a Vale para a última elaborar o Plano Diretor de Recursos Hídricos, algo assim nos moldes de parceria público privada, bem ao gosto neoliberal. Sabe-se que todos municípios passam por dificuldades, mas delegar esse plano tão importante para o conhecimento e gestão dos recursos hídricos à uma empresa privada, mesmo sabendo de seu interesse em um megaprojeto no município é uma demonstração de incompetência, senão de entreguismo e submissão. Será que não existiam alternativas junto às instituições (universidades, fundações) isentas e não comprometidas com o mercado? A dominação e as apropriações adquirem diversas formas, às vezes, colocam raposas para tomar conta dos galinheiros...