sábado, 30 de maio de 2009

Desencanto

By José Saramago

Todos os dias desaparecem espécies animais e vegetais, idiomas, ofícios. Os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. Cada dia há uma minoria que sabe mais e uma minoria que sabe menos. A ignorância expande-se de forma aterradora. Temos um gravíssimo problema na redistribuição da riqueza. A exploração chegou a requintes diabólicos. As multinacionais dominam o mundo. Não sei se são as sombras ou as imagens que nos ocultam a realidade. Podemos discutir sobre o tema infinitamente, o certo é que perdemos capacidade crítica para analisar o que se passa no mundo. Daí que pareça que estamos encerrados na caverna de Platão. Abandonamos a nossa responsabilidade de pensar, de actuar. Convertemo-nos em seres inertes sem a capacidade de indignação, de inconformismo e de protesto que nos caracterizou durante muitos anos. Estamos a chegar ao fim de uma civilização e não gosto da que se anuncia. O neo-liberalismo, em minha opinião, é um novo totalitarismo disfarçado de democracia, da qual não mantém mais que as aparências. O centro comercial é o símbolo desse novo mundo. Mas há outro pequeno mundo que desaparece, o das pequenas indústrias e do artesanato. Está claro que tudo tem de morrer, mas há gente que, enquanto vive, tem a construir a sua própria felicidade, e esses são eliminados. Perdem a batalha pela sobrevivência, não suportaram viver segundo as regras do sistema. Vão-se como vencidos, mas com a dignidade intacta, simplesmente dizendo que se retiram porque não querem este mundo.

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

MACACA - Utilidade Pública

Tramita na Câmara Municipal Projeto de Lei para declarar o MACACA como entidade de utilidade pública.
Confiram abaixo o teor da lei:

PROJETO DE LEI Nº 025/2009

“Declara de Utilidade Pública o Movimento Artístico, Cultural e Ambiental de Caeté – MACACA”
AUTORIA: Vereador José Francisco Duarte
SITUAÇÃO: Em tramitação
A Câmara Municipal de Caeté, Minas Gerais, APROVA:
Art. 1º - Fica declarado de Utilidade Pública o Movimento Artístico, Cultural e Ambiental de Caeté – MACACA.
Art. 2º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICATIVA:O Movimento Artístico, Cultural e Ambiental de Caeté – “MACACA” é uma entidade civil sem fins lucrativos, religiosos ou político-partidários com personalidade jurídica privada, de caráter artístico, cultural e sócio-ambiental, com âmbito de atuação no Estado de Minas Gerais, de duração por prazo indeterminado e que se regerá por Estatuto próprio.Sendo reconhecido oficialmente como entidade de utilidade pública municipal, será afastado todo e qualquer impedimento para recebimento de recursos governamentais, bem como firmar convênios e/ou parcerias para expansão e organização dos trabalhos.
Anexo: documentação exigida pelo Art. 134, § 5º do Regimento Interno da Câmara Municipal.Sala das Sessões, 05 de maio de 2009.
PROF. JOSÉ FRANCISCO DUARTE VEREADOR/PR

Fonte: www.camaradecaete.mg.gov.br

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Dia do Morro

Assistindo ao documentário. Foto: Patrícia Urias




As atividades das oficinas de arte Foto: Patrícia Urias



A brincadeira do boi Foto: Alice Okawara

As comemorações neste domingo último do Dia do Morro Vermelho foram marcadas pela alegria da criançada, pela religiosidade e também pela cultura e arte. O Boi da Manta do Maracatu e os bonecos Geni e Zepelin deram o tom das brincadeiras, ao som da tricentenária banda do distrito conduzida pelo Sr. José Leal, numa iniciativa do MACACA- Movimento Artístico, Cultural e Ambiental de Caeté em apoio às festividades. Além da animação com os bonecos folclóricos do Maracatu e uma oficina de artes manuais, os membros presentes do MACACA exibiram o filme Águas do Espinhaço protagonizado por Danielle Miterrand que aborda as belezas e mazelas da Serra do Espinhaço, os ataques à fauna e flora e o saque de recursos naturais ocorridos nos seus domínios. A projeção foi ao iniciar da noite, utilizando a fachada da histórica igreja de Nossa Sra. de Nazaré, dando uma conotação mágica ao momento, enquanto as pessoas do lugar assistiam ao documentário com olhares curiosos. O tema é pertinente, pois o Morro Vermelho e as serras de seu entorno fazem parte da cadeia do Espinhaço, esse conjunto de serras de beleza singular, única cordilheira do Brasil e patrimônio natural recém classificado pela UNESCO como Reserva da Biosfera, numa ação motivada por uma crescente preocupação mundial pela manutenção da água no planeta e pela proteção da biodiversidade. O MACACA, agradece ao convite dos defensores do patrimônio material e imaterial do Morro Vermelho, especialmente ao Charles e se coloca à disposição para outros eventos.