quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Tombamento do Centro: descaracterização avança.



O processo de verticalização de Caeté parece ser uma realidade, apesar de tantas áreas e lotes vagos para expansão da cidade. Os prédios surgem aqui e acolá, alguns mais altos sem equipamentos obrigatórios como elevadores, revelando uma total falta de observância do Código de Obras e das normas de acessibilidade. Mas essas edificações não se restringem às regiões de comércio da cidade, como a Pedra Branca e já avançam para o Centro, caracterizado por edificações mais antigas, algumas históricas, além de prédios públicos. Pois bem, recentemente parte do Centro foi tombado pelo Conselho do Patrimônio de Caeté, tombamento que com certeza traz diretrizes que devem ser observadas quanto à proteção dos imóveis relacionados ao mesmo e do conjunto que não pode ser descaracterizado. Como exemplo temos a recente polêmica em Belo Horizonte que levou o Ministério Público e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico a intervirem e paralisarem a construção de um edifício de 15 andares na área tombada da Pampulha. Em Caeté, em relação ao tombamento do Centro parece que o cuidado não é o mesmo, basta ver o prédio que está sendo erguido na Rua Getúlio Vargas, que já se chamou Rua Direita (toda cidade histórica de Minas tem a sua Rua Direita com placa e tudo, menos Caeté), perto da rodoviária, destoando completamente do casario em volta, inclusive a histórica matriz. Será que o Conselho do Patrimônio foi consultado antes da aprovação da obra? Provavelmente não. O governo municipal fez propaganda e com certeza já está recebendo recursos do Estado, atrelados ao ICMS, devido ao tombamento, mas e quanto à destinação dos recursos e medidas que sigam as diretrizes, como ficam? Com a palavra os responsáveis.

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