domingo, 12 de outubro de 2008

O Velho e o Novo

Uma semana atrás o povo de Caeté escolhia os seus representantes para mais um período de quatro anos e passada a euforia ou a decepção de uns e outros podemos fazer uma reflexão. O que podemos esperar desses representantes para que possam atender as expectativas da população para as inúmeras demandas da sociedade.

No executivo vemos a permanência do atual prefeito, reconduzido ao cargo por uma pequena margem em relação ao segundo colocado e contando com os votos válidos de aproximadamente 1/3 dos eleitores, suficientes para elegê-lo, mas por outro lado essa fração demonstra a insatisfação com o governo e a busca de alternativas representadas pelas outras três propostas. O movimento ambiental do município sofreu duros ataques por parte do atual governo, de perfil reconhecidamente autoritário, resultando no “golpe branco” sobre o CODEMA e na tentativa infrutífera de desqualificação das pessoas que não rezam pela sua cartilha do progresso a qualquer preço. Quais serão as políticas do próximo governo em todas as áreas, teremos projetos de cidade ou projetos de poder, a sua relação com a sociedade civil mudará ou veremos a reedição de conhecidos e retrógrados comportamentos?

A câmara municipal atual foi castigada por sua atuação, com somente dois membros se reelegendo, com uma gestão pautada pela submissão ao executivo, pela ausência de oposição, resultado da fragilidade dos partidos locais e pelos interesses pessoais de seus membros. Somente por pressão popular, como nas questões da iluminação pública e do SAAE/COPASA é que se posicionou mais claramente, o que demonstra a necessidade constante de atenção da sociedade organizada sobre os nossos representantes. A nova câmara terá como principal missão resgatar a credibilidade da instituição que encontra-se com a imagem desgastada frente a sociedade que espera uma atuação mais séria. Que a câmara seja um local onde os debates se efetuem e as discussões não acabem sempre em confortáveis consensos, quando se sabe que a política é o espaço dos antagonismos, sem os quais é totalmente morta.

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