sábado, 28 de janeiro de 2012

Vale ganha o "Oscar da Vergonha"




A transnacional Vale superou concorrentes de peso e recebeu ontem o "prêmio" de pior empresa de atuação social e ambiental do mundo. A mineradora há anos vem causando danos ao meio ambiente e comunidades, segundo as Ongs que a indicaram "por repetidas violações dos direitos humanos, condições desumanas de trabalho e a exploração impiedosa da natureza" no mundo e no Brasil. Em Minas, a insistência da empresa em minerar a última área preservada da Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Serra do Gandarela, caso também incluído no relatório enviado aos organizadores da prêmiação Public Eye People´s”, o Greenpeace da Suíça e a ONG Declaração de Berna, demonstra claramente o falso compromisso da empresa com o meio ambiente e com as pessoas e a hipocrisia do que divulga na mídia sobre a sua atuação.






quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vale - Pior empresa do mundo.

"Por conta dos desmatamentos na Amazônia, interferência no habitat dos povos indígenas e problemas sociais que suas atividades levam para a região, a Vale S/A disputa, ao lado de mais cinco multinacionais, o 'prêmio' Public Eye Award ("Olho do Público"), conhecido por "Oscar da Vergonha". O tal 'prêmio' é indicado pela Rede Justiça nos Trilhos, International Rivers e Amazon Watch.

Concorrentes

Ex-estatal federal Cia. Vale do Rio Doce (CVRD) e cujas ações do capital social estão listadas nas bolsas BM&FBovespa e Nyse, a Vale disputa com a Sansung, Barclays, Freeport, Syngenta e Tepco. Se não levar o 1º vergonhoso lugar, a Vale ficará, na pior das hipóteses, como 6ª empresa global que mais agride o ambiente.

Montagem

No texto, do dia 6, assinado por Márcio Zonta no site "Brasil de Fato" e também postado no forumcarajas.org.br, foi feita a montagem de um cartaz, ao lado da logomarca da Vale, que diz: "We transform rainforestes into mines and dams. No matter what". Tradução: "Nós transformamos as florestas tropicais em minas e destruição. Não importa o quê".


Nada comenta

A votação na "pior empresa" está em andamento. De acordo com o texto, "a empresa foi denunciada por provocar devastação ambiental, trabalho escravo na cadeia de produção do aço, exploração sexual infantil, além da invasão de terras indígenas, quilombolas e camponesas". Consultada, via Departamento de Comunicação Corporativa e Imprensa, a mineradora respondeu : "A Vale não está fazendo comentários sobre esse assunto".

Extraído de:

Brasil finalista Holcim - Diários - Hoje em Dia

Acesse o link abaixo e ajude a eleger a Vale como a pior empresa do mundo, a votação vai até o dia 26:

http://www.publiceye.ch/en/vote/vale/

Acesse Justiça nos Trilhos e saiba mais:

http://www.justicanostrilhos.org/nota/877

domingo, 8 de janeiro de 2012

Balanço Ambiental de 2011 – Por Washington Novaes

Ao se completarem 30 anos da Política Nacional de Meio Ambiente, o grande avanço certamente é a ampliação das consciência da sociedade em torno dos grandes problemas ambientais – que ainda precisa ser traduzida em ações pelo poder público.

Leia o artigo completo acessando o link abaixo:


Balanço Ambiental de 2011 – Por Washington Novaes

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Três nações e o mesmo problema: a Vale

"Enquanto os impactos da mineradora Vale espalham-se, trabalhadores canadenses, moçambicanos e brasileiros reúnem-se para enfrentar as ações predatórias da transnacional nos três países."

Leiam a reportagem completa do jornal "Brasil de Fato" acessando o link abaixo:

Três nações e o mesmo problema: a Vale Brasil de Fato

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Serra do Gandarela e ampliação de unidades de conservação

Enlace

Trabalho científico publicado na Revista de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) atesta a relevância da Serra do Gandarela e a indica como área prioritária para criação de uma unidade de conservação na categoria Parque Nacional. Leiam o trabalho na íntegra em:

http://citrus.uspnet.usp.br/rdg/ojs/index.php/rdg/article/view/142

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mineração, asfalto e votos

O informativo "Mais Caeté", veículo de divulgação do governo municipal, noticiou na semana passada que vai receber uma usina de asfalto como compensação de danos causados pelo transporte de minério pelas vias da cidade. Os cálculos da prefeitura totalizaram um prejuízo de 1.400.000 reais, em período não informado e presume-se que aí estejam contabilizados os danos às ruas, às redes de água, drenagem e esgoto, a poluição do ar, o risco às pessoas, aos demais veículos, ao trânsito, ao comércio e ao meio-ambiente de forma geral, caso contrário teriam que ser considerados todos esses itens e talvez outros mais. As empresas AngloGold e Jaguar Mining (MSol) doarão valor equivalente em dinheiro e equipamentos para a tal usina e nas palavras de um de seus representantes "Com a doação da mini usina vamos garantir a população de Caeté a manutenção sustentável de suas vias públicas”, entre elas, evidentemente, as vias que seus caminhões utilizam ininterruptamente e nas quais causam danos que todos podem verificar. O conceito de sutentabilidade das empresas é restrito, pois não considera a sustentabilidade da cidade de forma mais ampla, quando se sabe que o asfalto impermeabiliza as ruas e não permite a absorção das águas das chuvas, sendo esta carreada em grandes volumes para as áreas mais baixas e córregos, podendo causar inundações com todas as suas consequências. Teme-se o uso indiscriminado e sem critérios do asfaltamento das ruas da cidade, descartando-se outras alternativas mais ecológicas e, avançando um pouco mais na questão, uma usina de asfalto em ano eleitoral pode se transformar em uma importante forma de angariar votos, principalmente entre aqueles que ainda confundem asfalto com progresso.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Gaia

Mãe,

O leite do meu seio é magma, o leito, do meu sono, é água. Participo de um equilíbrio delicado, tenho nomes e meus nomes tem camadas, como a forma pela qual me entendem meus filhos. Se me arrebatam a roupa de cama, remexo, sinto frio, suo, tremo. Se me perfuram a carne em demasia escorre do meu ventre o que escorre dos seus, minha seiva, meu sangue, minha vida.
Gaia, mesmo nos códigos que vocês inventam, esquecem depois seus significados. Vivem rodeados dela. Seja onde pisam, onde moram, o que respiram, comem, digerem, desejam, onde morrem e o que se tornam sempre: matéria. Lembro de quando descobriram a palavra matéria, vinha de Mater, Matris, “Mãe”. Porque certas palavras não se criam, certas palavras se sentem.
Erda, sou a anciã que sustenta teus saltos mais mirabolantes, tuas acrobacias e invencionices. Sou a senhora complacente e submissa, que recebe os castigos malcriados dos filhos imaturos. Sou a firmeza calma e duradoura. Além de ser suas bases, sei de algo que não sabem aceitar: eu fico, vocês passam. Antes de vocês houve outros e depois os haverá, tão cedo que nunca se lembrarão, tão tarde que nunca conhecerão. Ainda assim, os amo e nutro, como únicos.
Geb, sou universal, primordial, essencial. Sou fecundada pela água que sai de mim mesma. Minha língua é um sistema que se equilibra sozinho e eu tenho algumas eternidades para me equilibrar. Mesmo que eu tivesse pressa, vocês nunca notariam. Suas idéias, pensamentos, seus mais puros ou devassos sonhos são piscares dos olhos de seus próprios deuses, cada um dos quais precisou de um solo para erguer suas sinagogas e catedrais... e eu os doei com tanta alegria!
Porque tenho um carinho especial pelas formas como resvalam em mim sem me perceber. Ninguém pode vir ao mundo sem passar por mim, ninguém pode ver a luz se não por mim. E vocês me procuram em tantos lugares incríveis, e vocês me projetam a alturas indizíveis. De alguma forma não cabe a vocês – ainda – perceber que eu possa estar abaixo da planta de seus pés e ainda assim palpitar dentro do seu peito saída diretamente de uma alga. Porque eu sou mais singela do que vocês imaginam e vos acaricio por inteiro, não importa o que vocês façam, não importa onde vocês vão, eu estarei lá, eu serei lá.
Procuram meu centro em tantos espaços, terras santas, bem aventuradas, centros do mundo. No meu centro mesmo não podem viver, e já bem o conhecem, mas podem fazer de qualquer espaço meu um centro. Não sou mais eu aqui do que lá, mas sinceramente? Gostaria que fizessem de si mesmos centros sagrados. Porque eu vou ficar aqui, mas me dói ver vocês partindo tão cedo.
Autor: Renato Kress, Sócio-Diretor na empresa ATENA - Arte em Treinamento Especializado e Neurolingüística Aplicada