A carta abaixo, foi publicada no jornal Opinião no dia 26/02/2009, logo após o carnaval e nos enche de orgulho pelo reconhecimento do nosso trabalho e demonstra o quanto é importante para a sociedade a atuação de entidades como o MACACA e a Associação dos Artesãos.
Nosso muito obrigado!
Carnacatu
Boa vontade e criatividade foram atributos que não faltaram à Associação dos Artesãos de Caeté e ao MACACA - Movimento Artístico Cultural e Ambiental de Caeté.Certamente foi a vontade, a necessidade, a sede de cultura, arte e preservação de tradições que impulsionaram esses dois grupos a se unirem e tornar concreto uma manifestação popular, bonita e culturalmente expressiva, intitulada “Carnacatu”. A atitude dos grupos é típica de quem respira arte e se preocupa com a preservação do patrimônio material e imaterial de sua localidade.Dadas as situações adversas, não se tratou de um grande evento, até porque neste momento isto não é o mais importante, pois o que nasce grande tem poucas possibilidades de crescer. Mas tratou-se de uma iniciativa com “N” possibilidades de crescimento. O mais importante, agora, talvez não seja o tamanho, mas a essência com que se abre o caminho para outras e novas manifestações e eventos.Ficar no saudosismo ou querer reviver o que não é mais possível paralisa. Mas resgatar tradições com um novo olhar, numa nova perspectiva do tempo presente é criar possibilidades para se caminhar. Isto os grupos fizeram com simplicidade e maestria.Repensar, criar, inovar, SIM! Acabar, Não! Com essa iniciativa, os grupos conseguiram colocar na Praça João Pinheiro, juntamente com a alegria do Raimundo Maracatu, os bonecos Geni e Zepelim, Maria Bonita e Zé Caeté e o Boi da Manta, patrimônios culturais da cidade. Ainda agregaram a eles a boneca Nega Maluca do artesão Roberto Silva que foi lançada na festa. Os promotores do evento não arrastaram multidões, mas cumpriram a intenção de levar diversão e alegria a quem fosse prestigiar, pois a tradição tomou conta da praça e um público considerável, muito alegre e animado, seguiu pelas ruas atrás dos bonecos, cantando e dançando ao som das famosas marchinhas de carnaval.A criatividade nasce da interpretação e compreensão do momento em que se vive. Com certeza, foi por compreender o momento em que vive a cidade e por entender da cultura do carnaval como parte do folclore brasileiro e, consequentemente da nossa cidade, que os dois grupos tornaram possível duas tardes de folia na cidade.Quem sabe no próximo ano poderemos contar com mais cores a animação, com mais blocos e foliões esbanjando disposição e fantasias, para enriquecer e abrilhantar ainda mais esta iniciativa?Sr. diretor, foi impossível não demonstrar respeito e admiração pelos referidos grupos, não somente por esta iniciativa, mas por todos os trabalhos que desenvolvem. Parabéns!“A gente não quer só comida. A gente quer comida, diversão e arte.”
a) Reni Aparecida Jorge - José Brandão
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