O caminho para resolver o caos de serviços públicos de relevante importância para a população como saúde e educação não se resume em aumento de verbas vindas de Brasília. Mesmo que fosse assim, o município não tem líderes ou representantes capazes e comprometidos com o objetivo de atraí-las para Caeté. E se os tivesse o problema de gerenciamento desses recursos já é velho e tão crônico que correria o risco de cair nos desvios comuns já detectados á anos no atual modelo de gestão. Por isso os segmentos detentores de poder econômico e político, velhas oligarquias, resistem ao avanço de novos agentes políticos que podem representar uma ameaça, pois trazem na sua ação a proposta de um novo modelo de gestão pública. Esse modelo, ao propor descentralizar decisões, as democratiza e podem inclusive apontar para uma forma de desenvolvimento econômico e social que foge ao controle de velhos caciques políticos representando para eles prejuízo político e econômico. Já sabem que isso está acontecendo em outras partes do país e do mundo e não querem que chegue a Caeté. Sabem também que, ao contrário do que querem, Caeté e toda Minas por um lado é berço de novos ideais e paradigmas; mas para seu consolo, por outro abriga também segmentos reacionários que mantêm alguns lugares ilhados, verdadeiros rincões de atraso e conseqüentemente de pobreza. Com o cerceamento da cidadania, a tutela dos Conselhos e o autoritarismo a atual administração deixa claro qual dos dois cenários prefere para Caeté.
Ronaldo Candin.
Um comentário:
O caos nos serviços públicos e consequentes perdas na qualidade de vida da população, com o completo desinteresse da administração pública, que periodicamente perde os prazos e deixa de receber verbas estaduais e federais, se por um lado quer transparecer total incompetência por outro deixa no ar dúvidas quase certezas de que existem intenções “diabólicas” com claros objetivos.
É óbvio que uma população carente em todos os aspectos, econômico principalmente, fica muito mais acessível de ser manipulada a ponto de esquecer o futuro em detrimento do presente. Questões que englobem o bem da humanidade são soterradas por interesses momentâneos.
Cidades onde a população carece de emprego, saúde, educação e segurança ficam desprotegidas e vulneráveis ao ataque de grandes empreendimentos que claramente destruirão o meio ambiente e obviamente colocarão em risco eminente de morte não só seus habitantes como toda população mundial. Os moradores dessas cidades estarão completamente cegos e surdos a essa realidade, não por maldade, mas pelas próprias dificuldades do dia a dia.
Como diriam nos ditos populares, “ barriga esfomeada não tem ouvidos”¹ ou “fome e frio entrega ao homem o inimigo”²
Assim como o MACACA tem dado o exemplo, cabe às entidades comunitárias sem fins lucrativos buscar alternativas para amenizar esse impacto na população provocado pelos interesses maquiavélicos de quem está no poder e busca esse caminho sombrio.
Como se vê, toda ação de quem está no poder tem segundas e terceiras intenções, mas cabe lembrar também que segundo a 3ª lei de Newton:
“Toda ação tem uma reação”
Então só nos cabe a obrigação como cidadãos de reagir.
Vascão do pastel
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