... uniram três forças políticas
neste domingo na inauguração do novo mirante da Serra Gandarela em Rio Acima. O local
era emblemático para tal encontro, um mirante no topo da Serra Gandarela que
tem aos seus pés a região metropolitana de Belo Horizonte, cuja população
depende 40% das águas oriundas daqueles altos para seu abastecimento. Com a coragem entrou Junior Geloso, Prefeito de Rio Acima; a visão de futuro do Movimento pelas Serras e
Águas de Minas a favor da preservação do Gandarela parece ter sido também
compreendida pelos jovens deputados João Vitor, Estadual e Diego Andrade,
Federal; pelo Vereador de Belo Horizonte, Leonardo Mattos e por vários
vereadores de Rio Acima, um de Raposos e um de Caeté, presentes no evento para
apoiar o destemido Prefeito.
A clara opção pela preservação do bem mais
precioso para a vida, a água, foi selada pelo Prefeito de Rio Acima ao celebrar
no mesmo ato o Tombamento da Serra Gandarela no seu município impossibilitando
assim qualquer licença para minerar naquele local; e mais, ficou nítida a
prioridade por um modelo de desenvolvimento econômico racional, duradouro e
responsável com o meio ambiente; uma
opção corajosa e destemida pela conservação daqueles mananciais tão caros a
população de toda a Grande BH, decisão essa que rechaça a postura tão comum nos
demais prefeitos da região, a de submissão ao setor de extração mineral e sua chantagem social de geração
de “emprego” a qualquer custo.
De lá, tendo ao alcance da vista as
montanhas de Minas, se disse muita coisa, foi lembrada a escassez de água
vivida pelo colapso do Complexo da Cantareira, em São Paulo, a degradação
social e o aumento da prostituição nos municípios onde há extração mineral a
céu aberto, os problemas de baixo retorno social e econômico da mineração aos
municípios; neste encontro se reforçaram e se estabeleceram alianças que podem
desencadear ações na Câmara Municipal de Belo Horizonte, nas Promotorias
Públicas, em gabinetes e prefeituras, na Assembleia Legislativa, no Congresso
Nacional e até no Planalto Central, em Brasília.
A mudança climática é uma evidência constatada
em cada telejornal na hora da “previsão do tempo” e junto com esta, outras
mudanças estão se alinhando.
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