Praça de José Brandão neste domingo (foto Macaca).
Concreto e desolação dão o tom da Praça Getúlio Vargas em José Brandão após a quase conclusão da reforma da mesma pela prefeitura. Aqui e ali pequenos espaços retangulares gramados emolduram pequenas palmeiras e deixam no ar a pergunta: onde estão as árvores?
Se as praças são espaços públicos cuja principal característica é a permanência, que possibilita a convivência, como compreender esse urbanismo desumanizador, pois não dá para conceber o uso que se fazia anteriormente do lugar dentro dessa nova e estranha proposta.
A equivocada estética clean imposta às praças da cidade nos remetem ao urbanismo sanitarista do início do século passado com suas políticas higienistas de controle social e pode-se pensar que no caso de nossa cidade o objetivo principal é afastar as "classes perigosas", como se não soubéssemos que as classes perigosas estão instaladas em gabinetes confortáveis com o mando do poder político e econômico.
Agora já falam em "reformar" a praça do poliesportivo outra vez, espaço que já passou por uma intervenção a pouco tempo e isso é totalmente questionável, pois a cidade deve ter outras prioridades.
Será que descobriram um novo e rico filão de reforma de praças?
Um comentário:
Que saudade da praça antiga... olho as fotos no Google Maps e me bate uma tristeza... só falta colocar várias cruzes espalhadas pois aquilo virou um cemitério .... absurdo ...
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