A respeito da audiência pública do ramal ferroviário da Mina Apolo, o prefeito de Caeté, Ademir de Carvalho, em entrevista à Rádio Lasafá compara manifestações contrárias ao projeto como palhaçadas.
Se o exercício da cidadania e a livre expressão, características fundamentais das democracias avançadas são palhaçadas, por analogia, nós, cidadãos desta cidade, pelo menos os conscientes, somos todos palhaços.
Fica aí mais um exemplo do baixo nível que o nosso representante máximo coloca uma discussão tão importante, isto é, desqualificando cidadãos que pensam de forma diferente, cidadãos que propõem alternativas a um modelo predatório e injusto, como o que querem impor à cidade.
Por falar em democracia, notem que o entrevistador é o chefe de gabinete da prefeitura.
Para ouvir a entrevista, acesse:
httP://capitalnanet.blogspot.com/2010/09/audio-prefeito-comenta-audiencia.html
3 comentários:
Palhaçada não seria barganhar sossego,tranquilidade e vida saudável por royalties da mineração? Não é uma compensação justa aos significativos impactos sócioambientais.Como itabirana, conheço bem esses efeitos impactantes.Aumento do custo de vida, da violência,das doenças respiratórias,supervalorização de imóveis, não aproveitamento da mão de obra local - por falta de qualificação - são algumas das indesejáveis mudanças no ritmo de afetam principalmente as novas cidades onde a Vale atua. Isso é qualidade de vida? Moradores ficam deslumbrados diante das perspectivas de emprego e progresso, mas não pensam no amanhã. Essa é uma discussão séria. Se propor alternativas justas para o futuro da cidade é palhaçada, então desconheço o que é seriedade...
O que mais assusta é a falta de competência dos administradores municipais, que só conseguem promover o desenvolvimento de Caeté, se o projeto se basear na expoliação do patrimônio natural da cidade, que encontra-se numa privilegiada localização geográfica.
O que estes e outros fizeram para impedir o desmonte da ferrovia em Caeté?!
Na época, o prefeito Fernando de Castro ficou calado, assim como a Câmara Municipal. Só o então deputado Raul Messias tentou resistir, mas a cultura de subserviência predominou, como continua até hoje, aliás.
Gustavo T. Gazzinelli
Só tenho um comentário a fazer: O prefeito da nossa cidade precisa aprender um pouco mais sobre democracia e cidadania...os "palhaços" a que ele se refere são cidadãos que, com todo os direito que lhes garante a constituição federal, expressaram a sua opinião em uma AUDIÊNCIA PÚBLICA.Lamento tanto despreparo para a vida pública.
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