domingo, 19 de julho de 2009

O Público e o Privado



Público e privado, às vezes se misturam e se confundem, mas cada um, conceitualmente, tem sua esfera de atuação. Aqui em Caeté, pela fragilidade que as instituições aparentam, esta distinção se torna mais difícil. A foto acima mostra a apropriação do público pelo privado e estes casos se multiplicam pela cidade frente à omissão do poder público. Outro caso é a reportagem publicada em jornal da cidade sobre o acordo assinado entre a Prefeitura e a Vale para a última elaborar o Plano Diretor de Recursos Hídricos, algo assim nos moldes de parceria público privada, bem ao gosto neoliberal. Sabe-se que todos municípios passam por dificuldades, mas delegar esse plano tão importante para o conhecimento e gestão dos recursos hídricos à uma empresa privada, mesmo sabendo de seu interesse em um megaprojeto no município é uma demonstração de incompetência, senão de entreguismo e submissão. Será que não existiam alternativas junto às instituições (universidades, fundações) isentas e não comprometidas com o mercado? A dominação e as apropriações adquirem diversas formas, às vezes, colocam raposas para tomar conta dos galinheiros...

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Onde está o futuro?






Final de aula, as crianças correm para a saída da escola, umas para a compahia de alguém que as levará para casa, outras irão sozinhas, mas todas terão que enfrentar o mesmo perigo, o risco das ruas, que começa a um passo do portão. Há um tempo atrás pintaram faixas de pedestres à porta de algumas escolas, não em todas por motivo não sabido, como se todas as crianças não estivessem expostas à acidentes em um trânsito cada vez mais confuso. Depois com o asfaltamento da Av. João Pinheiro antes das últimas eleições as faixas desta via se foram juntamente com os quebra-molas e a sinalização resultante foram amarelas faixas contínuas como as de uma auto-estrada, de uma free-way, que iam de encontro a questionáveis propostas "modernizadoras" de uma administração que parece ver a cidade como velha e atrasada. As escolas ficaram sem as faixas de pedestres, os condutores sem os velhos, mas eficientes quebra-molas, livres para acelerar e as nossas crianças sem segurança alguma. Mas o caminho para os carros, ônibus e caminhões deve ser livre, rápido, o fluxo da modernidade e do progresso acima de tudo, as crianças não, são pequenas, lentas, vivem brincando, atrapalham.
O que é mais importante? Onde está o futuro?