sábado, 25 de outubro de 2008

CAVERNAS

Caverna do Diabo - SP (talvez apavorado com as maquinações diabólicas dos homens)

A SBE-Sociedade Brasileira de Espeleologia lança manifesto contra a mudança de legislação que irá permitir a destruição da maior parte do patrimônio representado pelas cavernas no Brasil. Essa mudança da legislação faz parte da ótica desenvolvimentista do governo, não só federal, mas também municipal e estadual, que não respeitam a opinião da sociedade civil para fazer prevalecer os interesses dos grandes grupos econômicos. Em resumo, a preservação da natureza que se dane, o que interressa é o lucro a qualquer custo.


MANIFESTO CONTRA O RETROCESSO NA LEGISLAÇÃO ESPELEOLÓGICA BRASILEIRA


A Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), entidade ambientalista fundada em 1969, filiada à Federação Espeleológica da América Latina e Caribe (FEALC) e à União Internacional de Espeleologia (UIS), que congrega espeleólogos e grupos de espeleologia dedicados ao estudo e conservação de cavernas em todo o Brasil, participou ativamente do desenvolvimento da legislação relativa ao patrimônio espeleológico brasileiro, em especial da elaboração do Decreto 99.556/1990, um avanço para nossa sociedade. O Decreto 99.556/90 protege as cavernas brasileiras e impede sua destruição há quase duas décadas, mas, tomamos conhecimento que, para liberar algumas grandes obras, a Casa Civil e o Ministério de Minas e Energia, sem qualquer participação da sociedade civil organizada, defendem a alteração deste decreto permitindo a destruição que pode atingir mais de 70% das cavernas brasileiras. Esta tentativa de alteração prevê:- A classificação das cavernas em quatro níveis (máximo, alto, médio e baixo);- A autorização para a destruição de cavernas seguindo o processo de licenciamento ambiental, independente da importância social do projeto;- Cavernas de grau de relevância máximo: serão apenas as que têm características únicas e notáveis;- Cavernas de relevância alta: poderão ser destruídas desde que o empreendedor preserve outras duas de igual importância;- Cavernas de relevância média: poderão ser destruídas desde que o empreendedor apóie ações de conservação;- Cavernas de relevância baixa: poderão ser destruídas sem nenhum tipo de compensação ambiental;- O MMA terá 60 dias para elaborar os critérios de relevância ouvindo os demais órgãos do governo. Considerando que:- Não há nenhum indício de que as cavernas estejam dificultando o desenvolvimento de qualquer setor da economia brasileira. O setor mineral tem aumentado sua produção a cada ano e o setor energético já dispõe com alternativas mais econômicas e eficientes de aumentar a oferta de energia sem a construção de novas barragens.- O patrimônio espeleológico é um dos poucos recursos naturais protegidos pela legislação vigente de forma completa e ampla, mesmo fora de unidades de conservação. Sua importância perante a nossa legislação pode ser igualada às áreas de mananciais hídricos. As cavernas "cobrem" uma área muito pequena do nosso país e são formações únicas e extremamente relevantes para o entendimento da evolução geológica do planeta, da vida e até da nossa sociedade.- Não há consenso de que seja sequer possível classificar cavernas de acordo com seu grau de relevância. Apenas começamos a conhecer o patrimônio espeleológico brasileiro, além disso, muitos dos aspectos envolvidos não são quantificáveis numericamente, ou são subjetivos e mudam de acordo com a evolução da sociedade e o avanço da ciência.- O processo de licenciamento ambiental atual não é eficaz para garantir a conservação da natureza. No atual sistema o empreendedor interessado na liberação de seu projeto contrata diretamente os estudos necessários podendo influenciar para que o resultado lhe seja favorável. Além disso, estes estudos são avaliados apenas pelos órgãos ambientais, hoje fragilizados pela ótica desenvolvimentista do governo, sem garantias de respeito às necessidades e anseios da sociedade civil.- A destruição de cavernas não é uma medida aceitável para angariar recursos a fim de preservar as cavernas que restarem. Cabe ao Estado e à Sociedade garantir a conservação deste importante patrimônio, além disso, o governo não pode dispor de nossas cavernas como forma a conseguir recursos para cumprir suas obrigações. Entendemos que esta tentativa de mudança do decreto 99.556/90 é nefasta e que qualquer iniciativa que permita a supressão de cavernas representa um grande retrocesso para nosso país. - Solicitamos que a legislação brasileira continue a proteger o patrimônio espeleológico integralmente.
- Solicitamos que fique garantida a participação da sociedade civil organizada em qualquer processo de revisão da legislação e que seus anseios sejam respeitados. Devemos incentivar e promover o uso sustentável do patrimônio espeleológico, não sua dês-truição, permitindo a conservação da natureza, o desenvolvimento do conhecimento científico e a difusão de uma consciência ambientalista para toda a sociedade e para as gerações futuras.

Emerson Gomes PedroPresidente da SBEGestão 2007-2009

Of. DIR. 065/08 - Campinas SP - Brasil, 24 de outubro de 2008.
http://www.sbe.com.br/ - (+55 19) 3296-5421 - Caixa Postal 7031

13076-970, Campinas-SP, Brasil

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Itaberabussu, Serra da Piedade...

Encontro do Movimento Serras e Águas de Minas - Foto Alice Okawara
O MACACA participa do Movimento pelas Serras e Águas de Minas.
Acessem o link abaixo para assistirem ao vídeo "Itaberabussu, Serra da Piedade":




domingo, 12 de outubro de 2008

O Velho e o Novo

Uma semana atrás o povo de Caeté escolhia os seus representantes para mais um período de quatro anos e passada a euforia ou a decepção de uns e outros podemos fazer uma reflexão. O que podemos esperar desses representantes para que possam atender as expectativas da população para as inúmeras demandas da sociedade.

No executivo vemos a permanência do atual prefeito, reconduzido ao cargo por uma pequena margem em relação ao segundo colocado e contando com os votos válidos de aproximadamente 1/3 dos eleitores, suficientes para elegê-lo, mas por outro lado essa fração demonstra a insatisfação com o governo e a busca de alternativas representadas pelas outras três propostas. O movimento ambiental do município sofreu duros ataques por parte do atual governo, de perfil reconhecidamente autoritário, resultando no “golpe branco” sobre o CODEMA e na tentativa infrutífera de desqualificação das pessoas que não rezam pela sua cartilha do progresso a qualquer preço. Quais serão as políticas do próximo governo em todas as áreas, teremos projetos de cidade ou projetos de poder, a sua relação com a sociedade civil mudará ou veremos a reedição de conhecidos e retrógrados comportamentos?

A câmara municipal atual foi castigada por sua atuação, com somente dois membros se reelegendo, com uma gestão pautada pela submissão ao executivo, pela ausência de oposição, resultado da fragilidade dos partidos locais e pelos interesses pessoais de seus membros. Somente por pressão popular, como nas questões da iluminação pública e do SAAE/COPASA é que se posicionou mais claramente, o que demonstra a necessidade constante de atenção da sociedade organizada sobre os nossos representantes. A nova câmara terá como principal missão resgatar a credibilidade da instituição que encontra-se com a imagem desgastada frente a sociedade que espera uma atuação mais séria. Que a câmara seja um local onde os debates se efetuem e as discussões não acabem sempre em confortáveis consensos, quando se sabe que a política é o espaço dos antagonismos, sem os quais é totalmente morta.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Unidos somos mais fortes.

Outra luta, a defesa da integridade da Serra da Piedade, uma das mais importantes serras de Minas completou 7 anos em 30 de agosto último.
Com entidades como a Associaçao dos Artesaos e Artistas de Caeté e MACACA ativas,
uma esperança para a cultura e para o meio ambiente de Caeté paira
aureada de branco nebrina nesse lado da micro bacia do Velhas.

Outras datas dignas de comemorar:

16/6/2004 - a data da vitória.

O Governador Aécio Neves sanciona a Lei nº 15.178/2004, que define após 15 anos de estancamento os limites da área de conservação da Serra da Piedade, regulamentando assim o artigo 84 das Disposições Transitórias da Constituição de Minas Gerais que tomba o Serra da Piedade como Patrimônio Natural de Minas Gerais. Parabens SOS Serra da Piedade!

15/1/2006 - a vitória sacramentada.

A atividade de exploração mineraria da Brumafer Mineração Ltda. na Serra da Piedade cessa por ordem da liminar da Justiça Federal, sendo que somente nesta data deve ter sido entregue a intimação; após muitos anos a sua encosta norte, a partir de então, não é mais dinamitada.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Projeto Cultural

Oficina na Casa do Artesão Foto: Ana Flávia Coelho

A Associação dos Artesãos e Artistas e de Caeté, entidade séria e vitoriosa, parceira do MACACA em muitas ocasiões, vem desenvolvendo projeto cultural conforme o informativo abaixo. Isso vem mais uma vez demonstrar a força da sociedade civil organizada e de sua capacidade de transformação. Parabéns!


ASSOCIAÇÃO DOS ARTESÃOS E ARTISTAS DE CAETÉ
PROJETO:

Congado, Maracatu e atividade artístico-artesanal:
Compartilhar para fortalecer perspectivas de futuro.


O projeto foi apresentado por nós no ano passado junto ao PROGRAMA MONUMENTA/UNESCO e ficou em 12º lugar, num total de 37 projetos classificados entre 64 apresentados.

Recebemos parte da verba no início do mês de setembro e estamos iniciando o projeto que tem como objetivo contribuir para o resgate da memória e das referências locais, fortalecendo três manifestações culturais de Caeté: Congado de Nossa Senhora do Rosário e Congado de Santo Antônio e Maracatu – Boi da Manta - por meio da melhoria de sua infra-estrutura e da divulgação e valorização de sua história.

O Projeto envolve ensaios-oficinas, para compartilhar a história dos grupos, confeccionar os adereços, reformar e confeccionar os instrumentos musicais, planejar e realizar um o evento de encerramento no qual haverá a apresentação dos 3 grupos, com a participação dos convidados, exposição de fotos e banners, exposição de artesanato, oficinas para o público e lançamento da cartilha sobre os 3 grupos culturais.

Os ensaios-oficinas acontecerão em nossa sede, à Praça João Pinheiro nº 75, com lanche fornecido por um dos parceiros deste projeto, e deles participarão crianças, jovens e adultos da comunidade convidados a participar, além dos nossos associados e dos integrantes dos três grupos, que terão transporte.

O cronograma das atividades é:
Dia
Semana
Horário
Atividade
13/9
Sábado
8 às 11 horas
Ensaio-Oficina : Congado Nª Sªdo Rosário e Maracatu Boi da Manta
14/9
Domingo
14 às 16 horas
Ensaio-Oficina : Congado de Santo Antonio
27/9
Sábado
8 às 11 horas
Ensaio-Oficina : Congado Nª Sªdo Rosário e Maracatu Boi da Manta
28/9
Domingo
14 às 16 horas
Ensaio-Oficina : Congado de Santo Antonio
11/10
Sábado
8 às 11 horas
Ensaio-Oficina : Congado Nª Sªdo Rosário e Maracatu Boi da Manta
19/10
Domingo
14 às 16 horas
Ensaio-Oficina : Congado de Santo Antonio
25/10
Sábado
8 às 11 horas
Ensaio-Oficina : Congado Nª Sªdo Rosário e Maracatu Boi da Manta
25/10
Sábado
14 às 16 horas
Ensaio-Oficina : Congado de Santo Antonio
8/11
Sábado
8 às 11 horas
Ensaio-Oficina : Congado Nª Sªdo Rosário e Maracatu Boi da Manta
9/11
Domingo
14 às 16 horas
Ensaio-Oficina : Congado de Santo Antonio
30/11
Domingo
Manhã
Evento de encerramento